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Em nosso
organismo, ocorrem milhares de divisões celulares por segundo. Nesse processo,
muitas células acabam se dividindo mal e dando origem a células defeituosas,
com algum grau de malignidade. Quando o
sistema imune está funcionando bem e dá conta de destruir todas as células
defeituosas que surgem no organismo, nos mantemos saudáveis. Porém, quando isso
não acontece e as células defeituosas começam a crescer indiscriminadamente,
temos um tumor. Mas isso ainda não caracteriza um câncer.
Se o tumor
for constituído por células defeituosas, cujo crescimento anormal tenha um
limite, trata-se de um tumor benigno. Já se o crescimento celular não puder ser
controlado e, além disso, as células tiverem a habilidade de sair do lugar em
que se formou o tumor, fixando-se e crescendo em outros tecidos, trata-se de
câncer ou de um tumor maligno.
Na mama, a
maioria dos tumores origina-se nos ductos (carcinoma ductal), mas, também,
podem formar-se nos lóbulos mamários (carcinoma lobular) ou em tecidos
não-glandulares das mamas (sarcoma), o que é raro. Uma vez detectado um tumor
maligno, deve-se retirá-lo para aliviar os mecanismos de defesa do corpo e
facilitar a cura, pois, retirando-o, reduz-se a quantidade de células a serem
destruídas pelo sistema imune.
Quanto mais rápido se fizer isso, melhor.
Contudo, em mulher que ainda menstrue, o ideal é esperar para fazer a operação
na fase secretora do ciclo menstrual (após a ovulação), pois, nessa fase, os
níveis de progesterona no organismo favorecem a recuperação pós-cirúrgica e
diminuem a reincidência do problema. Não há razão para mulheres férteis serem
operadas às pressas. Programar a operação para a segunda metade do ciclo
menstrual não vai representar avanço significativo em uma doença que está se
desenvolvendo no organismo há seis ou sete anos, pelo menos.
imagem: gruporosaeamor.org.br |
É bom ressaltar
que o desenvolvimento do câncer de mama depende tanto de fatores incontroláveis
(sexo feminino, idade superior a 50 anos, pele clara, caso da doença na
família, menstruação precoce, ausência de gravidez, etc.) quanto de
controláveis. Assim, toda mulher pode prevenir-se contra a doença adotando
hábitos alimentares saudáveis, controlando vícios, como o tabagismo e o
alcoolismo, controlando a obesidade, o estresse e as emoções negativas, entre
outras práticas que melhoram o seu estilo de vida. Contudo, se um câncer for
detectado, é fundamental que a mulher faça tudo isso, submeta-se ao tratamento
e envolva-se de corpo e alma no processo da cura. Assim como a doença é
multifatorial, o tratamento também deve ser multifatorial.
Outra coisa
importante a destacar é o risco aumentado do desenvolvimento da doença em
mulheres que usam pílulas anticoncepcionais ou que fazem a Terapia de Reposição
Hormonal convencional, pois tanto os contraceptivos orais quanto os
medicamentos usados na TRH convencional constituem-se de hormônios
não-bioidênticos que, entre outras coisas, limitam o efeito protetor da
progesterona endógena sobre o organismo.
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