quarta-feira, 11 de julho de 2012

Menino desaparecido há 11 dias em Brejo da Madre de Deus pode ter sido morto em ritual macabro

Depois de 11 dias desaparecido, um menino de apenas nove anos foi encontrado morto na zona rural da Brejo da Madre de Deus, agreste pernambucano, na tarde desta terça-feira (10). A principal hipótese da polícia é que o menino tenha sido usado em um ritual macabro. O corpo foi localizado por populares no sítio Olho D´Água, distrito de São Domingos, que chamaram a Polícia Militar. O cenário no local era de terror. A cabeça foi decapitada e o menino estava com as mãos e os pés amarrados. O corpo foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife.

De acordo com o delegado Antônio Dutra, pelo estado do corpo, o menino foi morto há pelo menos uma semana. Familiares reconheceram o garoto pela roupa que usava no dia do seu desaparecimento e por um carro de mão. “Segundo a família, ele sumiu quando ia fazer um frete no mercado de farinha de Brejo. E o carro de mão achado no local do crime era dele”, contou o delegado. Os parentes procuraram a delegacia da cidade no mesmo dia do sumiço da criança. Dutra ainda revelou que no local do crime foram encontrados vários indícios de que o menino foi vítima de um ritual de magia negra. “Encontramos vestígios de vela, de pólvora, restos de ossos, garrafas de bebidas, potes de despacho e até mesmo bonecos de vudu”, disse. O local é conhecido por ser ponto para rituais de magia negra.

O delegado acredita que a criança possa também ter sido violentada sexualmente. “A posição em que encontramos o corpo, com os pés e mãos amarrados, e despido da cintura para baixo indicam isso”, especulou. Só exames no cadáver vão poder comprovar ou não o estupro. O terrorismo usado com a criança deixou consternado até mesmo Antônio Dutra. Segundo ele, todos os esforços estão empenhados em identificar o autor, ou os autores do crime brutal. Até agora, a informação é que a criança foi vista no dia do seu desaparecimento andando acompanhado de um homem que montava um cavalo. Nesta terça-feira, começaram as primeiras ouvidas com a participação do padrasto da vítima e de uma testemunha que achou o corpo. Nesta quarta-feira (11), prestarão depoimento a mãe e o pai biológico do menino, além de um tio. Pessoas que trabalham no mercado de farinha também serão convocadas para ajudar nas investigação.
Folha de Pernambuco 

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