Depois de 11 dias desaparecido, um menino de apenas nove anos foi encontrado morto na zona rural da Brejo da Madre de Deus, agreste pernambucano, na tarde desta terça-feira (10). A principal hipótese da polícia é que o menino tenha sido usado em um ritual macabro. O corpo foi localizado por populares no sítio Olho D´Água, distrito de São Domingos, que chamaram a Polícia Militar. O cenário no local era de terror. A cabeça foi decapitada e o menino estava com as mãos e os pés amarrados. O corpo foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife.
De acordo com o delegado Antônio Dutra, pelo estado do corpo, o menino foi morto há pelo menos uma semana. Familiares reconheceram o garoto pela roupa que usava no dia do seu desaparecimento e por um carro de mão. “Segundo a família, ele sumiu quando ia fazer um frete no mercado de farinha de Brejo. E o carro de mão achado no local do crime era dele”, contou o delegado. Os parentes procuraram a delegacia da cidade no mesmo dia do sumiço da criança. Dutra ainda revelou que no local do crime foram encontrados vários indícios de que o menino foi vítima de um ritual de magia negra. “Encontramos vestígios de vela, de pólvora, restos de ossos, garrafas de bebidas, potes de despacho e até mesmo bonecos de vudu”, disse. O local é conhecido por ser ponto para rituais de magia negra.
O delegado acredita que a criança possa também ter sido violentada sexualmente. “A posição em que encontramos o corpo, com os pés e mãos amarrados, e despido da cintura para baixo indicam isso”, especulou. Só exames no cadáver vão poder comprovar ou não o estupro. O terrorismo usado com a criança deixou consternado até mesmo Antônio Dutra. Segundo ele, todos os esforços estão empenhados em identificar o autor, ou os autores do crime brutal. Até agora, a informação é que a criança foi vista no dia do seu desaparecimento andando acompanhado de um homem que montava um cavalo. Nesta terça-feira, começaram as primeiras ouvidas com a participação do padrasto da vítima e de uma testemunha que achou o corpo. Nesta quarta-feira (11), prestarão depoimento a mãe e o pai biológico do menino, além de um tio. Pessoas que trabalham no mercado de farinha também serão convocadas para ajudar nas investigação.
Folha de Pernambuco
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