Da
Agência Brasil
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou esta semana o
registro para que o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), possa começar a produzir o medicamento
Pramipexol, utilizado para o tratamento do mal de Parkinson.
A
iniciativa faz parte da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do governo
federal, que tem como objetivo fortalecer a indústria farmoquímica brasileira.
Em novembro do ano passado, o laboratório alemão Boehringer Ingelheim, detentor
da patente do medicamento, e a Farmanguinhos assinaram acordo que iniciou a
transferência de tecnologia para desenvolvimento e fabricação do produto.
Segundo
o vice-diretor de Gestão Institucional da Farmanguinhos, Jorge Mendonça, o
acordo prevê um prazo máximo de cinco anos para a transmissão completa de
tecnologia dentro da indústria nacional. Nos três primeiros anos, o remédio
será comprado da indústria alemã, mas terá a marca da Farmanguinhos. Nos dois
últimos anos do contrato, 50% da produção será adquirida e outros 50% serão
produzidos na unidade.
“Nós
pretendemos beneficiar a população em duas linhas: indiretamente, aumentando a
capacidade tecnológica do país e absorvendo novas tecnologias de produção de
medicamentos. A outra, é uma forma mais direta, garantindo o acesso da
população a um produto de ponta, trazendo maior conforto, aderência e
principalmente melhor qualidade de vida para as pessoas que sofrem de mal de
Parkinson”, explicou Mendonça.
De
acordo com a Fiocruz, atualmente os medicamentos para o tratamento da doença
são subsidiados pelo Ministério da Saúde por meio de repasse financeiro. No ano
passado, foram investidos aproximadamente R$ 37 milhões aos estados para
atender à demanda por Pramipexol.
O
mal de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central e um dos
problemas neurológicos mais comuns da atualidade. De acordo com a Fiocruz,
estima-se que existam 100 a 200 casos para cada 100 mil habitantes. Dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 1% da população acima dos 65
anos de idade sofre com a doença, que geralmente surge a partir dos 50 anos de
idade. No Brasil, a estimativa é que ao menos 200 mil pessoas possuam
Parkinson.
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