Do G1, em São Paulo
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Mel
é uma delícia para adoçar as refeições, é uma ótima fonte de energia, mas
também pode fazer bem para outros problemas de saúde, como por exemplo, a
tosse. Como explicou a otorrinolaringologista Tanit Sanchez no Bem Estar, usar
o alimento contra a tosse não é um mito: ele realmente funciona, principalmente
se a tosse for mais seca. Isso acontece porque o mel consegue proteger as
mucosas da garganta e melhorar a irritação.
No
caso da tosse causada por doenças respiratórias agudas, a combinação do mel com
o abacaxi é ainda mais eficiente por causa da bromelina, substância derivada da
fruta (veja no fim da página uma receita de suco que alivia a tosse). Além
disso, um estudo feito com crianças comprovou que o mel pode ser eficaz também
na melhora do sono de pessoas que têm gripe porque ajuda a reduzir a inflamação
e o inchaço na garganta.
De
acordo com a nutricionista Tânia Rodrigues, o mel tem quase a mesma quantidade
de calorias do açúcar e, por isso, deve ser consumido com moderação. Além
disso, tem também potássio, cálcio e ferro. Porém, embora seja um produto
natural, também tem contraindicações e não deve ser consumido por pessoas com
diabetes, dores de estômago ou refluxo porque pode piorar o efeito dessas
doenças e até agravar uma tosse eventual, como alertou a otorrinolaringologista
Tanit Sanchez.
Crianças
com menos de 1 ano também devem evitar o consumo de mel, principalmente se ele
não tiver uma procedência confiável, já que elas ainda não têm o sistema
imunológico totalmente formado. A partir dessa idade, quando pasteurizado, o
mel raramente provoca reações alérgicas e pode ser muito mais agradável do que
diversos medicamentos receitados para as crianças.
De
acordo com o biólogo Osmar Malaspina, existem vários tipos de mel: o de
bracatinga (mais amargo), o de assapeixe, o de capixingui, o de eucalipto (com
gosto mais forte), o de laranja (mais doce), o de cipó-uva e o silvestre.
Porém, assim como com qualquer alimento, o consumidor precisa de cuidados na
hora da compra - a dica principal é observar se o produto tem o selo de
qualidade do S.I.F, Serviço de Inspeção Federal.
O
mel caseiro ou sem a vedação correta pode desenvolver uma bactéria que causa o
botulismo, um tipo de intoxicação alimentar que pode ser fatal. Por isso, é
preciso prestar atenção e evitar o produto que não seja certificado ou esteja
em latas estufadas e conservas que soltam gás quando abertas. Além disso, é
importante não confundir o mel com a glucose de milho. Muitas vezes, estão
disponíveis no mercado produtos que parecem mel, mas na verdade são alimentos à
base dessa substância, que também leva açúcar em sua composição.
Veja abaixo como preparar as receitas
com mel indicadas pela nutricionista Tânia Rodrigues:
Banana assada com mel
(boa para acalmar, relaxar e melhorar o sono)
Ingredientes:
4
bananas prata (cortada no sentido do comprimento)
2
colheres de sopa de mel
5
amêndoas raladas
Como fazer: Coloque as bananas em uma assadeira
e distribua o mel por cima delas. Leve ao forno e depois polvilhe as amêndoas
por cima da banana assada.
Suco de abacaxi com
hortelã (bom para a tosse)
Ingredientes:
3
fatias de abacaxi
10
folhas de hortelã
1
copo de água ou água de coco
1
colher de sopa de mel
Como fazer: Bata os ingredientes no
liquidificador e acrescente o mel
Molho para salada verde
com mel (melhora o gosto e também alivia tosse)
Ingredientes:
1/2
de xícara de suco de limão fresco
1/3
de xícara de azeite
1
colher de sopa de mel
Como fazer: Misture os ingredientes até ficar
homogêneo
Própolis
Embora
também seja um produto natural como o mel e tenha fama de ser bom para a
garganta, o própolis só pode ser conservado em meio alcoólico, o que o torna um
produto eventualmente irritante para as mucosas.
Alguns
praticantes da medicina natural acreditam que o própolis pode prevenir o uso de
antibióticos em caso de faringite viral, por exemplo, mas o melhor mesmo seria
procurar um médico para que ele receitasse algo mais assertivo, como um lizado
bacteriano.
A
Anvisa autoriza o uso e a comercialização de própolis em diversos formatos de
produto, mas ainda faltam estudos que defendam seu uso, como disse a
otorrinolaringologista Tanit Sanchez.
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