Na tentativa de disfarçar o ganho
com o tráfico de drogas, uma das maiores quadrilhas de tráfico de crack do
nordeste investia na compra de cavalos de raça para uso em circuitos de
vaquejada em todo o país. A ação foi deflagrada nesta quarta-feira (17) pela
Polícia Federal de Maceió/AL. A operação "Pedra 90" abrangia os
estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso e Pará. Com o lucro, os
traficantes compravam bens de luxo, como carros importados, imóveis, haras e
fazendas.
Um dos integrantes do grupo foi
preso em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. Rodrigo Ayres
Neves, 31 anos, gerenciava e era responsável pela distribuição da droga. O
homem foi autuado por tráfico interestadual de entorpecentes e associação
criminosa. A pena pode chegar a 25 anos de reclusão. Rodrigo já fez exame de
corpo de delito e encaminhado para o Sistema Prisional em Alagoas.
Cerca de 400 kg de crack foram apreendidos somente em Aracaju/SE, em menos de um ano de investigação |
Além do tráfico de drogas, a
quadrilha também atuava na lavagem de dinheiro. Os entorpecentes eram comprados
em Mato Grosso e em seguida era distribuídos em todo o Nordeste.
O termo
"pedra 90" é uma gíria utilizada para denominar "pessoa
legal". O grupo tentava transparecer como empresários bem sucedidos,
principalmente no ramo da vaquejada. Um dos chefes da organização, Cícero
Bezerra da Silva, por exemplo, é proprietário de uma haras na cidade de
Palmeira dos Índios/AL e recentemente teria negociado um cavalo pelo valor de
R$ 200 mil.
Até agora já foram cumpridos oito
mandados de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão e um mandado
de condução coerciva. Cerca de 400 kg de crack foram apreendidos somente em
Aracaju/SE, em menos de um ano de investigação. Eliane Magalhães Dezan, Fábio
Antônio Dezan, Greuber Aristóteles Ribeiro, Deivit Roberto Dezan e Marciliano
Alves Fernandes e Nilo Soares também já foram presos em Aracaju/SE.
Do NE10
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